Mercado de TI: oportunidades e desafios
para 2024
Após dois anos de certa dificuldade na área de tecnologia, o mercado global começa a se reorganizar e se coloca em compasso de espera pelo retorno de um ciclo mais positivo, tanto no que diz respeito a investimentos quanto a contratações. E a reflexão que eu gostaria de propor é: você, como empregador ou profissional, está preparado para os desafios do universo tech diante desse cenário de melhora?
É possível ter pistas do que vem por aí nos dados de um estudo da Landing.Jobs, que mapeou que 49% das empresas na Europa e nos Estados Unidos têm a intenção de aumentar o volume de contratações de profissionais da área de tecnologia em 2024. A pesquisa traz, ainda, um dado curioso que merece a atenção dos brasileiros: pouco mais de 20% das empresas europeias consideram contratar profissionais de TI da América do Sul, ou seja, nossa região está bastante valorizada nesse tipo de contratação.
O que tudo isso significa para os empregadores do Brasil? Talvez algo um tanto quanto óbvio, mas vale lembrar que o óbvio também precisa ser dito. Mais atenção à marca empregadora, custo de aquisição de talentos maior, elevação do tempo médio para contratação e retorno da inflação dos salários. Essa é a hora de reforçar as estratégias de atração, engajamento e retenção de talentos, principalmente considerando o déficit crônico de profissionais habilitados em tecnologia no País.
Vale ainda, destacar que, de acordo com um estudo no Linkedin, 75% dos profissionais brasileiros consideram mudar de emprego em 2024. Muitos buscam salários mais altos e melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Pouco mais de metado desses profissionais (51%) afirmam que recusariam uma oferta com modelo de trabalho 100% presencial.
Do ponto de vista dos profissionais de TI que buscam se movimentar ou se recolocar na área, não dá para negar que esse possível cenário de retomada os deixa com mais poder de decisão diante do empregador. Porém, essa posição de vantagem pede prudência e reflexão sincera: “O que você está fazendo para usufruir melhor desse cenário? Como está a sua jornada de capacitação e atualização de conhecimentos? Você tem planos para manter a empregabilidade em alta?”. O aprendizado que podemos tirar desse momento é a reflexão sobre eventuais movimentações que precisam ser feitas com cautela e coerência.
O que tudo isso significa para os empregadores do Brasil? Talvez algo um tanto quanto óbvio, mas vale lembrar que o óbvio também precisa ser dito. Mais atenção à marca empregadora, custo de aquisição de talentos maior, elevação do tempo médio para contratação e retorno da inflação dos salários. Essa é a hora de reforçar as estratégias de atração, engajamento e retenção de talentos, principalmente considerando o déficit crônico de profissionais habilitados em tecnologia no País.
Entendo que, quando o assunto é tecnologia, é muito difícil prever com certeza qual será a próxima disrupção, algo que dificulta muito o caminho das organizações e dos profissionais que desejam estar mais bem preparados para lidar com a nova tendência. Essa realidade exige de todos os envolvidos o desenvolvimento e o aprimoramento de certa sensibilidade para ler os movimentos ao redor e, então, se antecipar às demandas.
O ano de 2024, certamente, será um caminho com muitas curvas e lacunas a serem preenchidas, mas, também, de oportunidades. E, como sempre, sairá na frente, quem estiver melhor preparado!
Paulo Moraes
Managing Director @ LANDtech | Co-founder Talenses Group
