O aumento do poder do RH
Recentemente, uma pesquisa conduzida por professores de Stanford veio à tona, revelando uma evolução interessante: o aumento do poder e da influência dos líderes de Recursos Humanos nas empresas. Dentre os principais dados levantados pelo estudo, está a constatação de que o percentual de empresas norte-americanas que colocam o Chief People Officer (CPO) entre seus cinco executivos mais importantes subiu de 0,5% em 1992, para 13% em 2022. A pesquisa aponta ainda para o aumento do salário dos líderes de RH em nível executivo, que saiu de cerca de 40% do que outros membros das vice-presidências e diretorias ganhavam em 1992, para 70% do salário dos seus pares em 2022, diminuindo a diferença em um terço.
Os CPOs estão emergindo como protagonistas nos bastidores da alta administração, assumindo papéis estratégicos e conquistando reconhecimento e remuneração condizentes com sua importância crescente.
Mas como esse cenário se traduz no contexto brasileiro?
Como headhunter especializado em posições de liderança, tenho uma visão privilegiada das tendências que moldam o panorama não apenas do recrutamento e seleção, mas da área de Recursos Humanos como um todo no Brasil.
Em conjunto com a minha experiência empirica, como as interações que tenho com profissionais do setor e a observação direta dos processos de contratação, é possível perceber claramente uma mudança de paradigma.
Outro aspecto interessante destacado pela pesquisa de Stanford é a migração de executivos de outras áreas para cargos de alto nível de RH. Esse fenômeno reflete a crescente valorização das habilidades interpessoais e da inteligência emocional no ambiente corporativo. Executivos que possuem experiência em liderança e gestão estão encontrando em Recursos Humanos uma arena onde podem aplicar suas habilidades de forma significativa e impactante.
À medida que o poder do RH continua a crescer, é fundamental que as empresas reconheçam e valorizem a contribuição estratégica dos seus líderes. Investir em desenvolvimento profissional e oferecer oportunidades de exposição à estratégia para os profissionais da área não apenas fortalecerá as organizações, mas também promoverá um ambiente de trabalho mais inclusivo, saudável e produtivo para todos os colaboradores.