Como declinar de uma vaga sem fechar portas?

Desistir de um processo seletivo faz parte do jogo. Mas há regras de etiqueta que você deve seguir para não causar má impressão. Saiba o que evitar nessa hora. 

Isis Borge Sangiovani
Managing Partner no Talenses Group & Executive Director na Talenses
Colunista da VocêRH e do Valor Econômico

É fácil encontrar orientações sobre como passar em um processo seletivo. Mas tão importante quanto isso é conhecer as regras de etiqueta corporativa para declinar de uma vaga. Como fazê-lo sem fechar as portas na companhia em questão?

O quão antes você perceber que não quer a vaga, melhor. A possibilidade de entrar na empresa em questão, no futuro, tende a ficar mais comprometida à medida em que se avança nas etapas do processo seletivo. Mas isso não é uma regra. Sempre é possível declinar de uma oferta de uma forma profissional e gentil.

O que não é aceitável é o candidato sumir, de uma hora para outra, sem dar maiores explicações. Isso acontece com frequência, principalmente em vagas na base da pirâmide. Criticar a empresa contratante, ao declinar de uma vaga, também cria mal estar. Já ouvi pessoas dizerem algo como: “Percebi que a empresa é mal vista no mercado, então não vou seguir no processo.”

Também há candidatos que enfatizam, durante o processo, que desejam muito determinada oportunidade. Mas, após receber e aceitar a oferta, repensam a saída sob o argumento de que receberam uma contraproposta. Essa atitude sempre fecha portas no potencial empregador.

Aqui vale um alerta: na maioria dos casos de contraproposta, as pessoas acabam saindo da empresa na qual escolheram permanecer nos seis meses seguintes. Algumas são demitidas na primeira oportunidade, por quebra de confiança com o empregador. Outras pedem demissão ao perceberem que a remuneração maior não compensou outras insatisfações.

Se existe dúvida sobre aceitar ou não uma oferta, não desgaste recrutadores e empregadores tentando negociar alguns termos da proposta. Nesses casos, o relacionamento com a empresa fica prejudicado de forma irreversível.

É sempre importante lembrar: alguém que desejou nos contratar merece o nosso respeito e consideração. E o mundo corporativo dá voltas.

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O que dizer, então, ao recursar uma vaga

Se, ao fim do processo, a proposta não corresponder às suas expectativas, tudo bem declinar da vaga. Mas explique suas razões, com educação, bom senso e argumentos sólidos. Com esse cuidado, a empresa pode lembrar do seu nome em oportunidades futuras – e te chamar para vagas que estejam mais alinhadas ao seu perfil.

Se você estiver preocupado com o perfil dos gestores ou da empresa, pode agradecer a oportunidade e dizer que pesquisou, conversou com pessoas, refletiu melhor e decidiu não avançar no processo. Mas apresente críticas construtivas, em vez de ofensas. Recomendo, porém, que essa avaliação aconteça o mais cedo possível.

Declinar de uma vaga faz parte do jogo. Não precisa ser motivo de sofrimento. Mas os candidatos devem ingressar nos processos conscientes do que querem – e buscando detalhes sobre o que está sendo oferecido. Assim, você tem informações suficientes para declinar o quanto antes, se for o caso. Isso economiza o tempo de todos e não mancha sua reputação.

Lembre-se de praticar a empatia. Ela é, segundo o filósofo Roman Krznaric, “a arte de se colocar no lugar do outro, entender seus sentimentos e perspectivas e usar esse entendimento para guiar suas ações”.

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No modelo de contratação permanente, recrutamos talentos em início de carreira, lideranças e posições de Top Management, C-Level e Conselho. No modelo staff loan, realizamos o recrutamento de experts e os realocamos como terceiros ou temporários em projetos pontuais dentro das organizações. Em Tech Recruiting, conectamos empresas à nossa comunidade de profissionais de tecnologia e digital. Já em recrutamento inclusivo, temos uma equipe especializada em processos seletivos afirmativos para vagas corporativas.

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