Benefícios fiscais são uma poderosa estratégia para empresas que buscam reduzir custos e, ao mesmo tempo, gerar impacto social positivo. Um exemplo claro disso é a contratação de pessoas com deficiência (PCDs), que além de promover a inclusão e a diversidade no ambiente corporativo, também pode trazer vantagens tributárias significativas.
Mais do que cumprir obrigações legais, investir na inclusão é uma forma de alinhar propósito com resultado financeiro. Existem políticas públicas e incentivos fiscais voltados para empresas que se comprometem com a empregabilidade de PCDs — e entender como acessá-los pode representar um diferencial competitivo.
Neste conteúdo, você vai descobrir como a sua empresa pode se beneficiar desses incentivos, quais são os requisitos para aproveitá-los e por que contratar PCDs é uma escolha inteligente do ponto de vista social e fiscal. Continue lendo e confira!
Lei de Cotas e exigências legais
A base legal que regulamenta a contratação de pessoas com deficiência no Brasil é a Lei nº 8.213/91, conhecida popularmente como Lei de Cotas.
De acordo com a legislação vigente, o número mínimo de pessoas com deficiência que uma empresa deve contratar depende do seu quadro total de funcionários.
Empresas com 100 a 200 colaboradores precisam reservar 2% das vagas; aquelas com 201 a 500 funcionários devem garantir 3%. Já organizações que possuem entre 501 e 1.000 empregados devem destinar 4% das oportunidades, enquanto companhias com mais de 1.000 funcionários são obrigadas a preencher 5% de seus postos com profissionais desse grupo.
O objetivo da lei é claro: garantir a inclusão no trabalho e ampliar a empregabilidade de PCDs no país. É importante lembrar que o não cumprimento da cota pode gerar multas e sanções administrativas, que costumam ter valores consideráveis.
Além disso, a lei prevê que a vaga oferecida deve ser compatível com as habilidades e potencialidades da pessoa contratada, garantindo que ela possa desempenhar suas funções de forma adequada.
Não se trata apenas de preencher uma porcentagem, mas de criar oportunidades reais, que valorizem as competências e contribuam para o crescimento profissional dessas pessoas.
Confira também: A Cultura Organizacional no Contexto de Diversidade e Inclusão
Tipos de benefícios fiscais disponíveis
O cumprimento da Lei de Cotas e a promoção de um ambiente inclusivo podem gerar diferentes incentivos para empresas. Entre eles, estão mecanismos previstos na legislação tributária que funcionam como incentivos tributários, reduzindo a carga fiscal e possibilitando que o investimento em inclusão seja compensado.
Os principais exemplos incluem:
1. Isenção de impostos
Em alguns casos, é possível obter isenção de impostos federais, estaduais ou municipais, especialmente quando a empresa atua em determinados setores ou participa de programas específicos de incentivo à inclusão. Essa isenção pode envolver tributos como ISS (Imposto Sobre Serviços), IPTU ou até contribuições federais, dependendo das regras locais e das políticas vigentes.
2. Dedução no Imposto de Renda
Empresas enquadradas no regime de Lucro Real podem deduzir, no cálculo do Imposto de Renda, parte dos valores investidos em projetos e adaptações necessárias para viabilizar a inclusão no trabalho de pessoas com deficiência. Isso inclui despesas com acessibilidade, capacitação e tecnologia assistiva.
3. Redução de alíquotas
Alguns programas estaduais e municipais oferecem redução de alíquotas de tributos, como ICMS e ISS, para organizações que mantêm políticas ativas de contratação de PCDs.
Vale mencionar que tais benefícios variam de acordo com a localização e o segmento da empresa. Por isso, verifique junto aos órgãos fiscais e de desenvolvimento econômico quais programas estão disponíveis na sua região.
Confira também: O impacto da diversidade, equidade e inclusão no futuro corporativo
Critérios para ter acesso aos benefícios
Para que a empresa possa aproveitar ao máximo os incentivos tributários, é necessário atender a alguns requisitos formais, como:
- Cumprir a Lei de Cotas – o percentual mínimo de contratação previsto na lei deve ser alcançado e devidamente comprovado;
- Manter registros e laudos atualizados – é preciso guardar toda a documentação que comprove a condição de deficiência da pessoa contratada, seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério do Trabalho;
- Comprovar investimentos em acessibilidade – no caso de dedução de despesas, os gastos precisam ser registrados e comprovados com notas fiscais e relatórios;
- Participar de programas oficiais de incentivo – alguns benefícios exigem inscrição em programas governamentais específicos ou certificações ligadas à responsabilidade social empresarial.
Além disso, é importante que a empresa adote políticas internas claras sobre diversidade no ambiente corporativo, demonstrando que as ações de inclusão fazem parte da cultura organizacional e não apenas do cumprimento de uma exigência legal.
Confira também: Transformar Barreiras em Oportunidades para Diversidade e Inclusão
Impactos positivos para a empresa
Os ganhos de investir na contratação de pessoas com deficiência vão muito além da redução de tributos. As empresas que apostam na inclusão colhem benefícios em diversas frentes:
Melhoria da reputação e fortalecimento da marca
O mercado valoriza cada vez mais empresas comprometidas com práticas éticas e de responsabilidade social empresarial. Ao priorizar a inclusão no trabalho, a organização se posiciona como agente de transformação social, o que contribui para uma imagem mais positiva diante de clientes, investidores e parceiros.
Engajamento interno e clima organizacional
A diversidade enriquece o ambiente de trabalho. Ter equipes formadas por pessoas com diferentes habilidades, vivências e perspectivas fortalece a colaboração, a criatividade e o respeito mútuo. Isso impacta diretamente no engajamento e na satisfação das pessoas colaboradoras.
Vantagem competitiva
Ao aliar incentivos para empresas e práticas inclusivas, é possível reduzir custos, atrair talentos diversos e se diferenciar no mercado. Em alguns casos, a empresa também se torna mais competitiva em licitações públicas e privadas que exigem comprovação de ações de inclusão.
Confira também: CEO do Futuro: Liderança Focada em Pessoas e Ética
Inclusão como estratégia empresarial: todos saem ganhando!
Investir na empregabilidade de PCDs e aproveitar os benefícios fiscais disponíveis não é apenas uma obrigação legal — é uma oportunidade de fortalecer a cultura organizacional, gerar impacto social e criar um diferencial competitivo.
A Lei de Cotas funciona como ponto de partida, mas a verdadeira transformação acontece quando a inclusão no trabalho é incorporada à essência da empresa.
Ao promover a diversidade no ambiente corporativo e alinhar-se aos princípios de responsabilidade social empresarial, não apenas cumprimos a lei, mas contribuímos para uma sociedade mais justa e acessível.
Se você quer entender como alinhar legislação, incentivos e práticas inclusivas para potencializar resultados, nós, do Talenses Group, podemos apoiar sua estratégia.
Com a Mappit Plural, nossa divisão especializada em recrutamento inclusivo, apoiamos empresas em processos seletivos afirmativos por meio de um time especializado em recrutamento diverso. Saiba mais clicando aqui,
Entre em contato e converse com um dos nossos consultores. Juntos, podemos transformar inclusão em vantagem competitiva para o seu negócio!