Se você quer prever e escrever o futuro, estude o passado

João Marcio Souza
Managing Partner & CEO Talenses Executive | Founder Talenses Group

Considero-me uma pessoa confiante por natureza, mas nunca otimista além do razoável. Acredito que continuaremos superando problemas, como sempre fizemos, graças à nossa incomparável capacidade de adaptação. No entanto, isso não significa que a jornada será confortável. Transformações e revoluções, inevitavelmente, trazem períodos de desconforto, mas também geram oportunidades.

Como apreciador da filosofia, principalmente das ideias estoicas, defendo que o ser humano nunca cria problemas maiores do que sua capacidade de resolvê-los. O estoicismo, que valoriza a resiliência e a aceitação da realidade, nos ensina que “não são as coisas que nos perturbam, mas, sim, os julgamentos que fazemos sobre elas”, como disse Epicteto. Essa abordagem prática e racional reforça a ideia de que, mesmo diante de adversidades, temos dentro de nós as ferramentas necessárias para superá-las.

É impossível negar que uma grande parcela de CEOs enfrenta dificuldades para compreender plenamente os desafios que se aproximam. A cada semana, novas variáveis – ambientais, tecnológicas, econômicas, sociais ou regulatórias – tornam a gestão mais complexa. Como, então, zelar pela longevidade e perpetuidade de uma organização nesse ambiente? Peter Drucker dizia que “planejar o futuro é trazê-lo para o presente, para que você possa agir sobre ele agora”. Mas como criar o futuro quando mal conseguimos decifrar o presente?

E, por falar em histórias, por que o passado pode ser nosso melhor guia? Primeiramente, ele está repleto de lições universais que se repetem ao longo do tempo, ainda que em contextos diferentes. Como líderes, podemos encontrar padrões em como crises foram enfrentadas – e superadas – em períodos históricos, desde as revoluções industriais até as crises financeiras recentes. Se olharmos com atenção, perceberemos que os momentos de maior transformação quase sempre foram precedidos por períodos de caos. A Grande Depressão, por exemplo, preparou terreno para inovações econômicas que ainda moldam o mundo moderno. A pandemia de Covid-19 acelerou uma transformação digital que mudou para sempre a maneira como trabalhamos.

O passado nos ensina, também, que a flexibilidade e a resiliência são características indispensáveis. Empresas que se recusaram a se adaptar – Kodak e Blockbuster são exemplos clássicos – foram engolidas pela inércia. Por outro lado, organizações que abraçaram a mudança e revisitaram seus modelos sobreviveram e prosperaram. E o que dizer das lideranças que souberam aprender com os próprios erros? Abraham Lincoln, por exemplo, construiu sua presidência aprendendo com as lições de falhas anteriores, compreendendo que “o melhor modo de prever o futuro é criá-lo”.

A história também nos lembra do poder das conexões. Iniciativas como o Plano Marshall, criado após a Segunda Guerra Mundial, mostraram como a colaboração estratégica pode transformar cenários devastadores em oportunidades de reconstrução e crescimento. Será que hoje, no mundo corporativo, estamos aproveitando essa sabedoria para trabalhar juntos? Quantas oportunidades poderiam ser desbloqueadas se compartilhássemos erros, acertos e aprendizados?

Prever cenários será essencial, mas a agilidade para ajustar rotas será o verdadeiro diferencial. Entrar em 2025 sem planos bem estruturados seria uma negligência. No entanto, a coragem de recuar, avançar ou mesmo recomeçar pode ser o que nos permitirá sobreviver e prosperar. Como CEOs, somos instigados a moldar o futuro, mas também a lidar com o inesperado. A pergunta é: estamos prontos?

Olhando para o passado, percebo que ele é nosso melhor guia. As respostas para muitos dos nossos dilemas já existem, escondidas em histórias de superação, em lições de crises e em modelos de sucesso que foram adaptados ao longo do tempo. O futuro não será construído de forma isolada. Ele é resultado de escolhas coletivas, de conexões humanas e da capacidade de aprender com o que já vivemos. Isso também faz sentido para você?

João Marcio
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